domingo, 8 de novembro de 2009

Idec aponta falhas nos serviços de banda larga móvel

Serviço aquém da expectativa dos usuários e falta de regulação pela Anatel são os principais fatores que contribuem para a má qualidade da banda larga 3G de quatro operadoras brasileiras, afirma estudo do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

A pesquisa avaliou os serviços das operadoras Claro, Oi, TIM e Vivo. As operadoras só informam as restrições de uso do serviço no contrato ou no website, que nem sempre são verificados na hora da compra. As publicidades veiculadas tampouco informam os usuários sobre essas restrições, denuncia o Idec. Ainda, nos contratos das operadoras constam cláusulas que as eximem de atender totalmente a velocidade de conexão vendida ao consumidor.

O problema é que o consumidor acaba pagando por uma "conexão rápida" sem ser informado de elementos que podem interferir na velocidade final, tais como distância do usuário em relação à antena da operadora e número de usuários conectados ao mesmo tempo na mesma região.

De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, são nulas as cláusulas que exoneram ou atenuam a responsabilidade do fornecedor por problemas de qualquer natureza dos produtos e serviços ou que transferem a responsabilidade a terceiros. Assim, mesmo que esteja previsto em contrato, a empresa não pode se abster da responsabilidade pela qualidade do serviço.

Outras infrações
Segundo o Idec, a propaganda e o website da Oi indicam que a velocidade de conexão é de "até 1 Mbps" e o tráfego de dados de até 10 GB. Mas, o contrato e o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) esclarece que nos planos mais baratos a capacidade de transmissão é gradativamente menor, começando por 300 Kbps.

A Vivo também alega que todos os planos têm "até 1 Mbps", mas segundo o Idec, ela não especifica em nenhum momento qual é o valor real da velocidade.

Outra infração ocorre em relação ao limite de tráfego de dados do serviço. A Claro e a Tim alegam que todos os seus planos são ilimitados. Já a Vivo afirma que oferece alguns com franquia restrita e outro, mais caro, também sem limite de tráfego.

No entanto, as três empresas alegam em seus contratos que quando a transferência de dados for superior a 1 GB, no caso da Claro e da TIM, e a 2 GB, no da Vivo, elas poderão reduzir a velocidade de conexão até o início do faturamento subsequente. Assim, a propaganda dos planos "ilimitados" é enganosa, segundo o Idec.

Ainda segundo o instituto, a Vivo possui uma cláusula abusiva que proíbe o usuário de fazer uploads de grandes arquivos e utilizar VoIP, mecanismo que permite a transmissão da voz por meio da internet, como no Skype. Estela Guerrini, advogada do Idec e coordenadora da pesquisa, lembra que "o consumidor tem direito à livre utilização de um serviço legalmente contratado, desde que de acordo com a legislação vigente".

Faltam regras
O Idec questiona a inexistência de uma regulação específica para a internet 3G no Brasil. A banda larga móvel acaba seguindo as regras da Resolução do Serviço Móvel Pessoal (SMP), que regula a prestação de serviço de celular, enquanto a banda larga "fixa" (cabo e ADSL, por exemplo) segue a Resolução de Serviço de Comunicação Multimídia (SCM).

As infrações evidenciadas na pesquisa foram enviadas pelo Idec à Anatel, ao Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) e ao Ministério Público Federal.

Dicas
Conforme constatado pelo Idec, os planos das operadoras pesquisadas são muito similares quanto ao preço. O consumidor deve, na hora que for escolher um plano, analisar suas necessidades.

Se for para acessar e-mails e páginas de notícias pode contar com o plano mais básico. Mas, se for utilizar vídeos ou fazer muitos uploads e dowloads, o consumidor deve considerar planos que permitem maior tráfego de dados, ou seja, mais caros.

Fonte: UOL

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Anatel aplica multa em Oi, Vivo e Claro

As operadoras Oi, Vivo e Claro terão de pagar uma multa de 4,6 milhões de reais por descumprimento de metas de qualidade no serviço de celular. A decisão foi publicada nesta sexta-feira (30/10) no Diário Oficial pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel),

A antiga empresa Amazônia Telemig, que foi dividida entre as operadoras Oi e Vivo, recebeu multa no valor de 1,326 milhão de reais. A Oi, compradora da fatia Amazônia, herdou 146 mil reais, enquanto a parcela da Vivo, compradora da Telemig, ficou em 1,17 milhão de reais. A multa foi aplicada em 2006.

Uma outra multa de 191 mil reais referente ao mesmo ano foi aplicada as duas operadoras. A Oi arcou com a penalidade de 61 mil reais e a Vivo com uma multa de 130 mil reais.

A Brasil Telecom também foi penalidade por problemas com a qualidade de seus serviços, em 2007, no valor de 405 mil reais. A operadora Oi quitou este valor em agosto deste ano.

A Claro, ex-BCP, foi multada em 2007 no valor de 2,67 milhões de reais - dívida paga em abril de 2008. Em março deste ano a empresa recorreu sem sucesso do processo movido pela Anatel. O ato negando o recurso foi publicado hoje pela agência no Diário Oficial.

Uol Notícias

Novos androides não se perdem pelo mundo



Google lança nova versão de seu sistema operacional móvel, o Android 2.0. Com ele chega um aplicativo gratuito para o serviço Maps, capaz de arrasar concorrentes baseados em GPS

Duas novidades lançadas na semana passada colocam o Google numa posição forte na briga pela liderança no campo da inovação em sistemas móveis. A empresa apresentou na terça-feira o Andoid 2.0, a renovada versão de seu sistema operacional para smartphones. O primeiro aparelho com o software é o Motorola Droid, que chega às lojas dos Estados Unidos a partir da sexta-feira, pela operadora Verizon. A outra novidade, o Google Maps Navigation, já chega embarcado no Droid e deve cair como uma bomba para os fabricantes e desenvolvedores de aplicações GPS.

As primeiras opiniões que apareceram na imprensa e na rede sobre o Motorola Droid foram bastante positivas. Ele agradou pelo tamanho da tela (3,7 polegadas) e pela sua nitidez, pelo tamanho do teclado oculto sob o monitorzinho slide e pelas teclas emborrachadas, que têm um leve relevo para facilitar o uso. Mas, sobretudo, ele ganhou elogios pelo coração de seu software, o Android 2.0.



O sistema operacional traz avanços no campo da administração dos contatos, por exemplo. Agora, o Android pode sincronizar-se com múltiplas contas. Quando o usuário toca a foto/ícone do contato, o Android abre uma lista de formas pelas quais o destinatário pode ser acessado. Isso inclui a tradicional (e quase esquecida) função telefone, e-mail, comunicadores instantâneos, mensagens de texto ou multimídia e redes sociais. Há também novas possibilidades de explorar a comunicação por bluetooth, por exemplo, que ainda serão trabalhadas pelos desenvolvedores.

O aparelho lançado pela Motorola carrega o Android “basicão”, sem interfaces especiais ou aplicativos extras. Nos próximos meses, à medida que outros fabricantes comecem a usar o sistema operacional em seus novos smartphones, outras novidades devem surgir. E há sempre a possibilidade de baixar aplicativos no Android Market.

O Google Maps Navigation deu as caras no Android 2.0, mas a tendência é que ele não seja exclusividade dessa plataforma. As especulações são de que a companhia já está preparando uma versão do aplicativo a ser oferecido na loja virtual de aplicativos da Apple, a App Store, prontinho para rodar em iPhones. Nesse caso – em especial se o programa for gratuito, e tudo indica que será –, o mico vai ficar com os desenvolvedores de aplicativos pagos para GPS.

Isso porque as primeiras críticas ao aplicativo do Google são extremamente positivos. Ele agrega funcionalidades do Google Earth e Google Maps que não apareciam todas juntas em nenhuma versão móvel. Ele inclui dados de tráfego, comércio e serviços, as fotos de satélite e até o Street View, de forma que o usuário pode acompanhar na tela do celular o cenário do trajeto e compará-lo com o que está vendo na rua. É uma bela forma de não se perder, embora certamente vá exigir uma banda larga móvel de boa capacidade e bastante estável.

Os endereços podem ser inseridos mediante comando de voz, como já é possível com no aplicativo para iPhone. Segundo a Google, no entanto, também nisso há novidades. É que agora é possível também entrar com outras demandas pelo comando de voz, como nomes de restaurantes ou especialidades. Não é preciso ser muito específico – o programa faz um esforço para entender o usuário e apresenta uma lista de sugestões.

A princípio o serviço é gratuito. Mas ao apresentar o serviço, na terça-feira passada, um executivo da Google deixou aberta a possibilidade de ele vir a ser sustentado por anúncios. “Obviamente, preferíamos que fosse grátis, porque os consumidores gostam disso também”, disse Eric Schmidt, presidente executivo do Google.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Lançamento do Windows 7 deve aquecer mercado de PCs, diz IDC

A economia global pode não estar forte, mas o setor de PCs e processadores tem esperanças de voltar a crescer com a ajuda do Windows 7, que foi lançado nesta quinta-feira (22/10).
Depois de uma grande decepção com o Windows Vista, há interesse de consumidores e empresas em atualizar hardware e software devido ao lançamento do Windows 7. A demanda por PCs com o sistema operacional deve disparar nas primeiras semanas.

“Existe um interesse óbvio no começo, então você vê um potencial disparo na demanda nos primeiros meses. Depois, o mercado voltará ao normal”, diz o gerente de pesquisas da consultoria IDC, David Daoud.

O efeito do lançamento do sistema operacional na venda de PCs pode diminuir depois de um ou dois meses, segundo Daoud. Porém, isso pode representar um pequeno papel na decisão de compras durante as festas de fim de ano, quando a demanda por PCs geralmente sobe. A IDC espera que a venda de computadores no quarto trimestre suba um dígito em porcentagem, diz Daoud.

Alguns consumidores estão adiando a compra de PCs até depois do lançamento do Windows 7, para não precisarem trocar o Vista pelo novo sistema operacional, diz o analista.

O Windows Vista, lançado no final de 2006, foi massacrado por críticos, que o consideraram um sistema inchado, demorado e com muitos problemas de incompatibilidade.

Em junho, fabricantes de PC ofereceram atualização gratuita do Vista para o Windows 7 para quem comprasse computadores com o antigo sistema operacional pré-instalado, mas mesmo assim alguns consumidores decidiram esperar.

O efeito real do Windows 7 na venda de computadores poderá ser sentido em 2010, quando as empresas começarem a atualizar os computadores. Alguns consumidores veem o Windows 7 como uma grande atualização de sistema operacional, e querem tirar vantagem das suas mudanças em um novo hardware. A última grande reciclagem de computadores em empresas foi há quase uma década, em 2001, quando o Windows XP foi lançado.

A demanda por computadores aumentou consideravelmente depois de um grande colapso no quarto trimestre do ano passado, de acordo com Daoud. Depois de três trimestres consecutivos em declínio, a IDC divulgou semana passada que a venda global de computadores aumentou 2.3% em um ano, alcançando 78,1 milhões de unidades durante o terceiro trimestre. A expectativa da consultoria é de um crescimento de cerca de 9% durante o ano de 2010.
(Agam Shah)


No Brasil, a versão mais simples do Windows 7 custará R$ 330 (versão Basic) e a mais completa R$ 670 (Ultimate). A empresa cobra R$ 400 pela versão Premium e R$ 630 pela Professional. O produto teve lançamento mundial na quinta-feira (22). Na Rua Santa Ifigênia, no centro da cidade São Paulo, os ambulantes dizem vender cerca de dez cópias do programa por dia. Elas custam entre R$ 20 e R$ 10. Em comparação, uma loja na mesma rua que comercializa softwares originais, vende, em média, 25 cópias do Windows por mês.

“Esses programas piratas possuem códigos maliciosos que podem roubar senhas bancárias e fazer com que o usuário perca todas as suas fotos e vídeos armazenados no computador”, afirma Priscyla Alves, porta-voz da Microsoft no Brasil. “No Windows 7, o usuário perderá muitas funções caso use a versão ilegal e não terá suporte da empresa para resolver os problemas”. A empresa diz que entre os recursos inexistentes na versão pirata está o Security Essentials, que protege os computadores de ameaças da internet . “Sem ele o computador fica totalmente exposto a vírus e malwares”, diz Priscyla. Além disso, a companhia afirma que a versão ilegal para de funcionar após 30 dias.
De acordo com dados da Business Software Alliance (BSA) divulgada em maio, a pirataria de software no mundo responde a 41% dos programas instalados nos computadores. No Brasil, a pesquisa indicou redução de 1 ponto percentual, chegando aos 58%. No acumulado dos últimos três anos, entre 2005 e 2008, o país registrou queda de 6 pontos no índice.

O Windows 7, ao lado dos games e de programas como Photoshop e Office, é o mais vendido pelos ambulantes da Rua Santa Ifigênia, na região central da cidade de São Paulo. O sistema operacional é oferecido do, ainda, nas versões de 32 bits e 64 bits. Os vendedores das barraquinhas não souberam explicar a diferença. O discurso é uníssono apenas ao dizer que as cópias ilegais são totalmente em português e que funcionam em qualquer PC.

Apesar de existir muitos ambulantes espalhados por toda a extensão da rua, eles não se intimidam com a presença da polícia. Em um período de uma hora, seis viaturas da polícia passaram pelo local e não realizaram nenhuma apreensão de produtos piratas. Entretanto, uma delegacia que fica a 300 metros da rua informou que realiza apreensões frequentes na área.

A Microsoft informa que, quem tiver adquirido uma cópia ilegal do Windows 7, para atualizá-la para uma versão genuína e não ter problemas, terá que formatar a máquina e instalar o sistema operacional original. 

(G1.com)

sábado, 24 de outubro de 2009

Após ação da Neotec, Anatel divulga ata que aprovou consulta do 2,5 GHz

Depois de a Neotec ter entrado na Justiça pedindo a anulação da consulta pública nª 31/2009, que propõe uma mudança na destinação da faixa de 2,5 GHz, a Anatel decidiu divulgar publicamente a ata da reunião 530ª, onde foi aprovada a consulta. A ausência da ata é um dos pontos questionados pela Neotec sobre a legalidade da ação da Anatel em seu pedido de mandado de segurança feito à Justiça, pois, sem o documento, não havia nenhum registro oficial da decisão da agência, nem de eventuais divergências entre os conselheiros no debate sobre o assunto.

A divulgação da ata revelou que, de fato, a abertura da consulta pública sobre a proposta destinando, a partir de 2015, 140 MHz ao SMP e deixando somente 50 MHz para o MMDS, passou longe da unanimidade. Os conselheiros Antônio Bedran, Emília Ribeiro e Plínio Aguiar apresentaram votos com propostas alternativas à que acabou sendo apresentada ao público. Com apenas dois posicionamentos alinhados - o do autor da proposta vencedora, conselheiro João Rezende, e o do presidente da Anatel, embaixador Ronaldo Sardenberg - a consulta só foi aprovada porque Bedran acabou reformulando seu voto. A íntegra da ata pode ser visualizada na seção "downloads" do site TELETIME.